Vivemos durante as últimas semanas um cenário extraordinário nunca antes visto em plena democracia, a pandemia do Covid -19 , foi e será um duro golpe no status quo do nosso país seja a nível económico e financeiro, social, cultural e nas relações laborais.
Por isso e cada vez mais as autarquias terão de ter um papel político de uma resposta forte às necessidades da população.
As autarquias dispõem de meios e conhecimento essenciais na resposta a esta crise. São responsáveis por serviços públicos fundamentais e de proximidade. Contam com trabalhadores que conhecem bem o território e as populações e com meios e equipamentos (de cantinas a frota automóvel, passando por pavilhões e escolas) que podem e devem ser direcionados para a resposta à crise que estamos a viver.
O executivo de Gondomar até agora tem adotado uma resposta eficaz e concreta a esta crise que afecta não só o país mas também todo o concelho de Gondomar.
No entanto não basta ficar por aqui é preciso ir mais longe nas respostas políticas que podemos e devemos dar, para o Bloco de Esquerda ninguém pode ficar para trás.
Apresentamos 3 exemplos ilustrativos de possíveis famílias que sofrem com a pandemia covid-19 e que não se englobam nos escalões A e B.
• Um trabalhador que, anteriormente à crise pandémica, se despediu com o intuito de mudar de emprego, ou mesmo emigrar e que não conseguiu novo emprego por fecho da economia, não tem nenhum apoio.
• Um trabalhador independente que se encontre no primeiro ano de actividade, não tendo acesso a apoios.
• Um trabalhador que foi despedido no período experimental, por não ter tempo suficiente dos descontos para aceder a apoios.
No sentido de minimizar o caos social que se avizinha e de se construir uma política social forte, o grupo autárquico do Bloco de Esquerda, recomenda ao executivo as seguintes medidas:
1. Alargamento dos apoios sociais aos agregados familiares que sofrem com a pandemia, nos casos perda posto de trabalho, trabalhadores em regime layoff, trabalhadores por conta própria, nos projectos alimentação +, saúde+ e cabaz+.
2. Alargamentos dos apoios sociais aos agregados familiares que sofrem com a pandemia, em situação de perda de emprego e onde o panorama não permita o acesso a qualquer apoio social.
3. Substituição dos processos burocráticos, através de documento sob compromisso de honra do candidato, e articulação do cruzamento de dados por parte do município com Autoridade Tributária e Segurança Social.